sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O primeiro mês







Mas como já ficamos o dia inteiro na função, amamentar, trocar fralda, dar banho... quando chega a noite estamos realmente muito cansadas. E aguentar as mamadas da madruga é bem complicado. Nesse momento, minha enfermeira era fundamental. Pois ficava conversando comigo para eu não cair no sono com o bebê no colo. Além de trocar a fralda e colocar para arrotar após as mamadas. As madrugadas sem ela são bem exaustivas, confesso.
















segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O Parto Normal





40 semanas, ansiedade a mil e nervos a flor da pele.
Comecei a ter muitas contrações, que com os dias foram ficando cada vez mais intensas e ritmadas. Começaram numa terça feira a noite. Na quarta-feira fomos para a Perinatal de manhã a pedido do médico para fazer uns exames para checar os batimentos cardíacos do bebê e medir a quantidade de liquido aminiótico. Dependendo do resultado teríamos que fazer uma cesariana. Mas não foi o caso. Voltamos para casa.

Na sexta-feira fomos ao médico. As contrações estavam cada vez mais intensas, porém não tinha dilatação nenhuma. Segundo o médico, pelo curso normal dos acontecimentos, em mais ou menos 24hs eu deveria entrar em trabalho de parto.

Avisamos a família, fomos para casa. Resolvi resolver as ultimas coisas, ir ao mercado, enfim, não ficar em casa sentada esperando. O médico me mandou bater perna. E lá fui eu. Mas, nada.
Sábado, domingo, cada vez mais contrações, com intervalos de 10 minutos, muita ansiedade e nada.
Na segunda-feira fomos novamente  ao médico. Continuava sem dilatação. A essa altura, eu já estava exausta, sem dormir, ansiosa, mal humorada. O médico me deu duas opções: esperar até sexta-feira quando completaria 41 semanas ou internar na manhã seguinte e induzir o parto normal.

Optei pela segunda opção. Desde o início da gravidez queria um parto normal. Pelo histórico das minhas amigas de recuperação, pelo horror que tenho a cirurgias e afins, pela experiência...
Internamos na Perinatal as 8 da manhã de terça-feira. As nove já estava a caminho da sala de pré parto.
Funciona assim; ficamos eu, meu marido, meu obstetra, o anestesista, a instrumentadora (e amiga/nutricionista) e uma  auxiliar de parto em um quarto chamado sala de pré parto. Lá coloquei a anestesia, radiquiana. Arde um pouco para colocar, mas totalmente suportável. A sensação é engraçada. As pernas formigam um pouco, a barriga coça, mas você não sente praticamente as contrações. Colocam dois aparelhos na minha barriga para medir os batimentos cardíacos do bebê e meus. E começam a aplicar um hormônio para induzir a dilatação. O processo é bem demorado. Não doi absolutamente nada, mas requer uma enorme paciência. Nossa e dos médicos. E claro, da família que a essa altura já estava toda reunida no quarto quase morrendo de ansiedade e não entendendo tanta demora!

Ficamos de 10 da manhã até as 2 da tarde para obter 4 cm de dilatação.  Com quase 5cm a bolsa rompeu (levamos um susto enorme, mais pelo barulho do que qualquer outra coisa) e a partir dai foi bem mais rápido. As 16:20 já estava com quase 10cm de dilatação. Nesse momento, comecei a treinar o que deveria fazer na sala de parto, que nada mais é do que fazer muita força para empurrar o bebê para fora. É difícil se concentrar para concentrar a força em um lugar só. A força tem que ser feita no exato momento das contrações. O médico vai dizendo quando já que estamos sentindo as contrações bem de leve, sem dor alguma. As 16:30hs entramos na sala de parto. Nesse momento entra também a pediatra para acompanhar o nascimento. 

As 16:51hs Maria Isabel nasceu. Linda e com muita saúde. Pode parecer piegas, mas tudo o que me falavam e eu não conseguia acreditar é a mais pura verdade. A emoção que se sente ao ver seu filho pela primeira vez é indescritível. Chorei feito um bebê. Aliás, chorei tudo o que a pequena não chorou. É uma onda de felicidade irracional. E o mais incrível, não sentir dor alguma.
Sempre  imaginei partos iguais aos de novela. Aquela gritaria, um sofrimento, uma dor. Não tive nada disso. Foi espetacular. Claro que a equipe que estava comigo foi sensacional e conduziram tudo com maestria. Fizeram esse momento ser incrível como deve ser.

Recomendo à todas essa experiência. 
Se algum dia tiver outro filho, com certeza será de parto normal.